Não há consolo
Para o tempo andando em frente
A passos lentos, sem pressa,
Inexoravelmente.
Não é consolo
O abraço do amigo,
O sorriso da lourinha,
O aumento de ordenado
Ou a memória do pai.
Só há consolo
Num poema de Drummond
Perdido dentro de um livro
Que coloquei não sei onde.
Não é consolo
O poema que fabrico,
Moldando meu desmantelo
Em versos de pé quebrado
E que não sei terminar.
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