Sobre os alicerces da dor
Fundemos nossa casa.
Que sejam eles sólidos e rijos,
Vigas de aço e concreto armado,
Que nossa dor seja firme e tenaz,
Enraizada fundo no chão,
Para que sobre ela nós,
Minúsculos e desamparados,
Fundemos nossa casa,
Elevemos aos ares nossos olhos,
Sendo então os primeiros a ver o sol nascer
E os últimos a vê-lo se pôr,
E sobre os alicerces da dor
Possamos suavemente descansar.
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